Blog do CRAS/Casa das Famílias

Este blog tem visa apresentar os trabalhos desenvolvidos pelo CRAS/PAIF/"Casa das Famílias" do Município de Santana do Seridó/RN, destacando as principais ações para o desenvolvimento social, cultural, político das famílias referenciadas pelos Programas Sociais em nosso município.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PALAVRA E DEMOCRACIA


Em um sentido aristotélico, “retórica” era a virtude da persuasão. Uma capacidade essencial para a democracia ateniense, onde as decisões dependiam do encantamento produzido pelo discurso. Platão se tornou um crítico da retórica, porque a identificou com a manipulação da verdade pelos sofistas; mas nunca a abandonou, chegando a sonhar com uma arte da argumentação capaz de convencer os deuses; ou seja, uma virtude comunicativa que, para além de toda demagogia, pudesse convencer a audiência mais exigente. 

Devemos em grande parte ao filósofo polonês Chaim Perelman a revalorização moderna da retórica, após longo período de aniquilamento positivista. Como arte da argumentação, a retórica é um recurso da democracia, porque necessária à persuasão, única forma de superar conflitos que não estão dispostos pela ordem da verdade. Sem a palavra bem disposta, afinal, não há como produzir acordo sobre o justo, ou o bom; nem como decidir diante de antagonistas com interesses legítimos. 

Por isso, quando a palavra perde seu valor, é a democracia que adoece. Quando a palavra é pouco mais que um gesto avulso; quando o discurso é só artifício; quando o que foi dito ontem já não vale; quando minha palavra é “ética” a depender da rua por onde ando, então não há acordo possível e duas portas se abrem: a do cinismo e a da violência. 

A democracia que temos já não tem política. Nela, o futuro se ausentou porque as palavras não autorizam expectativas. Será preciso reinventá-la, entretanto, antes de desesperar. Porque o desespero é só silêncio e o melhor do humano é a palavra.

Texto: Marcos Rolim - Jornalista

Metade não atingiu média no Enem



Quase metade dos 2,6 milhões de alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 teve notas inferiores aos 500 pontos estabelecidos como média pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela prova, em todas as quatro áreas avaliadas.

Em matemática, a prova considerada mais difícil, 57,7% dos candidatos ficaram abaixo da média. A escala apresentada ontem pelo Inep atribuiu ao resultado obtido pelos estudantes que ficaram no meio, nem tão ruins nem tão bons, a nota 500 - no caso, foram usados apenas daqueles que concluíram o ensino médio em 2009. Quanto mais além de 500 melhor a situação do aluno. Acima de 800 pontos, informou o presidente do Inep, José Soares Neto, apenas uma minoria. Da mesma forma, quanto mais baixo pior. 

A análise de quantos alunos ficaram em cada uma das faixas de pontos mostra que boa parte não conseguiu nem mesmo alcançar essa média. Na prova de linguagens, que inclui português, 47% dos estudantes ficaram com menos de 500 pontos e 1,3% ficou abaixo de 300, o que significa que praticamente zeraram o exame, cuja nota mais baixa foi 224,3 pontos, a menor entre as quatro avaliadas. Em ciências humanas, nenhum aluno teve resultados inferiores a 300 pontos, mas apenas 0,1% conseguiu passar dos 700.

A metade ficou abaixo dos 500 pontos. Em ciências da natureza, 48,7% não alcançaram a média e apenas 0,2% passou dos 700 pontos. Nessa área, no entanto, 0,8% dos candidatos não alcançaram os 300 pontos. A nota mais baixa foi 263,3. 

Matemática teve a nota mais alta entre as áreas, 985,1 pontos. No entanto, esse resultado foi obtido por apenas um estudante. Só 0,3 % passou dos 800 pontos. No ano passado, 2,6 milhões de jovens fizeram a prova.

Pela primeira vez, o Enem não tem uma nota geral do aluno, mas cinco conceitos diferentes, um para cada prova, o que causou confusão entre os estudantes. O Inep optou por não fazer uma média geral de desempenho porque, no Sistema Unificado de Seleção (Sisu), pelo qual os estudantes poderão a partir de hoje se candidatar a 47,9 mil vagas, cada uma das 51 instituições participantes terá seu próprio cálculo. "Se uma instituição dá peso igual para todas as áreas, é apenas somar e dividir por cinco. Mas, se há pesos diferentes, a conta varia", explicou Neto. O Sisu fará o cálculo para cada curso e instituição que o aluno se inscrever.

Outro ponto que dificultou a compreensão dos resultados este ano é o fato de que a escala não tem nota zero ou mil (a maior na escala). A mínima em cada área é a obtida pelo aluno que teve o pior resultado e a máxima, pelo melhor estudante. A mais baixa foi registrada em linguagens - 224,3 - e a mais alta em matemática. A única das áreas que teve uma média simples, por ser subjetiva, foi a de redação. No caso, as notas atribuídas às redações foi somada e dividida pelo número de estudantes que fizeram a prova. A média foi 601,5 pontos. Para avaliar o conhecimento de forma mais precisa, o Inep usou a Teoria da Resposta ao Item.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Governo disponibilizará vacinas contra a gripe suína

governo federal anunciou ontem que a campanha de vacinação contra a gripe suína deverá começar em março. Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governo gastará cerca de R$ 1 bilhão com 83 milhões de vacinas para evitar uma segunda onda da pandemia do vírus H1N1 no país, que matou 1.705 pessoas no Brasil e cerca de 14 mil em todo o mundo. De acordo com reportagem de ÉPOCA, ao todo o ministério pretende vacinar 81 milhões de pessoas: 62 milhões contra a gripe pandêmica, que ganhou o nome de suína, e o restante contra gripe comum, que também mata dependendo das condições do infectado.

Governo deve recuar sobre aborto

O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, admitiu ontem que erros foram cometidos na elaboração do Plano Nacional de Direitos Humanos e que mudanças deverão ser feitas. Um dos assuntos que gerou mais polêmica e que deve ser revisto é a descriminalização do aborto. Em entrevista ao jornalO Globo, o ministro afirmou que “a maneira como o aborto está colocado deve ser reformulada”, disse. “Ela responde a um ponto de vista das mulheres. Essa é uma bandeira feminista. E o governo, o próprio presidente da República não a tem”.

O MUNDO VAI VER SANTANA DO SERIDÓ/RN COM BONS OLHOS.


CONVITE

         A Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA e o Articulador Municipal do Selo UNICEF têm a honra de convidar os (as) cidadãos(ãs) para o evento de lançamento do Selo UNICEF – Município Aprovado 2010 – 2012 / Semiárido, no município de Santana do Seridó/RN, que acontecerá no dia 04 de Fevereiro do ano em curso (quinta-feira), às 09:00 horas no CONVIVER.
Na oportunidade, será apresentado à metodologia do Programa e a formação da Comissão Municipal do Pró-Selo UNICEF.
Vamos juntos engajar neste processo em prol da defesa dos direitos, deveres e na melhoria de vida das crianças e adolescentes e assim construir uma Santana do Seridó/RN mais justa e humana.


Cordialmente,

Marlene Pereira de Souza Diniz - Presidente do CMDCA                   
Diogo Barrêto Batista - Articulador Municipal

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Morre Zilda Arns durante missão ao Haiti, país que sofreu um forte terremoto nesta terça-feira.



Zilda Arns Neumann tinha 75 anos era médica pediatra e sanitarista, foi fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Era representante titular da CNBB, do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Nascida em Forquilhinha (SC), residia em Curitiba (PR), tinha cinco filhos e dez netos.
Em 1980 foi convidada para coordenar a campanha de vacinação Sabin, de combate à primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória (PR), e criou um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

Em 1983, a pedido da CNBB ela cria a Pastoral da Criança junto com Dom Geraldo Majela Agnello, Cardeal Arcebispo Primaz de São Salvador da Bahia, que na época era Arcebispo de Londrina. Foi então que desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres. Ela dizia que a educação das mães por líderes comunitários capacitados era a melhor forma de combater a maior parte das doenças que pode ser facilmente prevenidas e a marginalidade das crianças. A Pastoral acompanha mais de 1,9 milhões de gestantes e crianças menores seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres, em 4.063 municípios brasileiros. São mais de 260 mil voluntários. Por seu trabalho na área social, Zilda Arns recebeu diversas condecorações. Em 2006 foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz junto com mulheres de todo o mundo selecionadas pelo Projeto 1000 Mulheres, de uma associação suíça.